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Nova Zelândia anuncia novas regras para residência permanente em 2026

escrito por
Natasha Machado
6/10/2025
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5 min
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O governo da Nova Zelândia acaba de anunciar mudanças significativas no visto de residência por categoria qualificada (Skilled Migrant Category). As alterações começam a valer em agosto de 2026 e prometem facilitar o caminho para profissionais brasileiros que desejam construir uma vida no país.

As novas regras fazem parte do programa governamental "Going for Growth" e buscam reter talentos internacionais que já contribuem para a economia local. Para quem planeja estudar e trabalhar na Nova Zelândia, essas mudanças representam uma oportunidade concreta de permanência definitiva.

Dois novos caminhos para residência permanente

O sistema anterior exigia principalmente qualificações acadêmicas específicas. Agora, a experiência prática ganha peso maior na avaliação. O governo neozelandês criou dois novos caminhos:

Pathway de experiência profissional qualificada

Esse caminho beneficia profissionais em funções especializadas (níveis 1 a 3 do ANZSCO). Os requisitos incluem:

  • Mínimo de 5 anos de experiência diretamente relacionada à função
  • Pelo menos 2 anos trabalhando na Nova Zelândia
  • Salário de no mínimo 1,1 vez o salário mediano do país

Pathway para profissionais técnicos e trabalhadores especializados

Voltado para quem atua em áreas técnicas específicas. As exigências são:

  • Qualificação de nível 4 ou superior (com pelo menos 120 créditos)
  • 4 anos de experiência pós-qualificação
  • 18 meses de trabalho na Nova Zelândia com salário igual ou acima da mediana

Essas mudanças valorizam a contribuição real dos profissionais, não apenas diplomas. Quem já está no país trabalhando pode finalmente ter um caminho claro rumo à permanência.

Tempo de experiência reduzido

Uma das alterações mais positivas é a redução do tempo de experiência neozelandesa necessário. O período máximo cai de 3 para 2 anos na maioria dos casos.

Para profissionais com mestrado ou doutorado neozelandês, apenas 1 ano de experiência local já garante pontos suficientes. Graduados de universidades locais também ganham pontuação extra, incentivando quem já concluiu os estudos no país a permanecer.

A mudança torna a Nova Zelândia mais competitiva internacionalmente. Outros países desenvolvidos também disputam esses profissionais, e tempos menores de espera fazem diferença real.

Salário não precisa mais aumentar

Antes, candidatos precisavam comprovar aumento salarial entre o início do trabalho e o pedido de residência. Essa regra acabou.

Agora basta manter o mesmo nível salarial durante todo o período de trabalho necessário. Profissionais que ganham o salário mediano desde o início podem solicitar a residência sem preocupação com reajustes obrigatórios.

Essa flexibilização reconhece que nem todas as profissões têm aumentos automáticos, especialmente em setores regulamentados. O importante passa a ser a contribuição consistente, não progressão salarial forçada.

Diplomas neozelandeses valem mais pontos

Graduações e pós-graduações obtidas na Nova Zelândia agora recebem pontuação maior no sistema de pontos. Um mestrado neozelandês, por exemplo, já garante 6 pontos sozinho.

Essa valorização beneficia diretamente quem investe em educação local de qualidade. O governo reconhece que estudantes internacionais trazem recursos, conhecimento e posteriormente se tornam profissionais integrados.

Para solicitar pontos por pós-graduação, será necessário ter também diploma de graduação. Isso garante uma base acadêmica sólida antes de estudos mais avançados.

Listas vermelha e âmbar: atenção às restrições

Nem todas as profissões terão acesso igual aos novos caminhos. O governo criou duas listas de controle:

A lista vermelha exclui completamente certas ocupações dos novos pathways de experiência e técnico. Profissionais dessas áreas ainda podem aplicar por outros caminhos, como qualificação superior ou salário de 1,5 vez a mediana.

A lista âmbar impõe critérios adicionais para o pathway de experiência. Essas ocupações ficam totalmente fora do caminho técnico.

As listas completas serão divulgadas nos próximos meses. Elas existem para gerenciar riscos migratórios e garantir que os caminhos atendam necessidades reais de habilidades no mercado neozelandês.

Requisitos gerais continuam

As novas regras não eliminam exigências básicas de imigração. Todo candidato continua precisando:

  • Emprego qualificado atual ou oferta de trabalho
  • Aprovação em exames médicos
  • Comprovação de caráter idôneo
  • Proficiência em inglês

O domínio do idioma segue como pilar fundamental. Sem comunicação adequada, integração profissional e social fica comprometida.

Candidatos também devem ganhar pelo menos o salário mediano relevante no momento da solicitação. Essa regra garante que apenas profissionais devidamente remunerados acessem a residência.

Quem já está no país sai na frente

Essas mudanças beneficiam principalmente quem já trabalha na Nova Zelândia. Ao reduzir o tempo de experiência local necessário e valorizar habilidades práticas, o governo facilita a transição de temporário para residente permanente.

Para brasileiros que estão considerando dar esse passo, vale pesquisar os empregos em alta demanda no país. Setores como construção, saúde, tecnologia e engenharia continuam precisando de profissionais.

Quem ainda não está trabalhando lá pode começar planejando. Um intercâmbio de trabalho e estudo permite conhecer o país, ganhar experiência local e construir network profissional. Depois, com as novas regras, o caminho para residência fica mais claro.

Comparação com o sistema atual

As mudanças trazem vantagens concretas em relação ao modelo vigente:

Sistema atual: exige até 3 anos de experiência neozelandesa, aumento salarial comprovado, foco maior em qualificações acadêmicas.

Novo sistema: reduz tempo para 2 anos na maioria dos casos, elimina necessidade de aumento salarial, cria caminhos específicos para experiência prática e profissões técnicas.

Para profissionais com qualificações acadêmicas sólidas, os prazos ficam ainda menores. Quem tem mestrado neozelandês precisa de apenas 1 ano de experiência local.

Planejamento financeiro é essencial

Morar na Nova Zelândia exige preparação financeira adequada. Auckland, a maior cidade do país, tem custo de vida considerável, especialmente em moradia e alimentação.

Profissionais precisam comprovar que conseguem se sustentar durante o processo de residência. Ter reservas financeiras faz diferença, pois alguns meses podem passar entre a aplicação e a aprovação final.

Salários na Nova Zelândia geralmente compensam o custo mais alto. O salário mediano atual fica em torno de NZ$ 23,50 por hora, proporcionando qualidade de vida adequada para quem trabalha em tempo integral.

Próximos passos para interessados

As mudanças entram em vigor apenas em agosto de 2026. Até lá, o sistema atual continua valendo. Quem já está no país pode começar a se preparar para aplicar assim que as novas regras começarem.

Para brasileiros que ainda não foram, o processo para morar legalmente normalmente começa com visto de estudante ou trabalho temporário. Depois de ganhar experiência local, os novos caminhos para residência se abrem.

O governo promete divulgar informações detalhadas nos próximos meses. Listas de ocupações elegíveis, formulários atualizados e guias específicos virão antes de agosto de 2026.

Be Easy

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Natasha Machado
Founder e CEO, Be Easy